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4 de jan. de 2012

Pensamentos aleatórios

Quando esse blog começou láá atras, inicialmente era aquela coisa boba de pré adolescente apaixonada, e depois, se tornou meio que uma necessidade de escrever. Colocar no papel era a forma que eu tinha de organizar meus pensamentos, conseguir enxergar melhor a situação e falar, pra mim mesma, como eu deveria lidar com o que eu estava vivendo. Era natural, automático, e perdi as contas de quantas vezes ao invés das matérias da escola o meu caderno esteve preenchido por meus pensamentos estranhos e aleatórios que no começo até tinham algum tipo de sentido e no final eu já nem sabia mais sobre o que eu estava falando. 
A parte boa de tudo isso, é que, ao longo do tempo eu fui criando uma facilidade enorme pra as redações escolares, pra deixar fluir os pensamentos, e organizá-los melhor. Mas no meio do percurso (digo, desde que comecei o blog) muita coisa mudou. Eu cresci, amadureci, eu mudei meu modo e ver muita coisa,vivi muita coisa e grande parte delas dividi com vocês aqui no blog. Algumas, são simplesmente coisas que eu gostaria de ter vivido, coisas que se passavam pela minha cabeça o quanto seriam felizes se realmente acontecessem, e parece que tudo era um motivo pra um novo conto, uma nova história. 
Aí veio uma parte complicada da vida : o fim do ensino médio, e em consequência disso, e da "falta de tempo" veio o pior de tudo: Parei de escrever. Isso provavelmente foi o que mais me castigou no ano de 2011. Eu me divertia imaginando qual seria a próxima postagem, desabafava, fazia planos pra começar a ter por aqui novos projetos, e sempre na companhia da Ada Lílian que me animava com nossos projetos pra essa blogsfera. 
Vieram as responsabilidades, a correria de ter avaliação toda semana, ter o dia inteiro de aula, e quando eu pensava em descansar, eu lembrava que tinha muita matéria acumulada e não tinha jeito, eu tinha que voltar pra a escrivaninha e enfiar a cara nos livros. Não obtive o resultado esperado, é bem verdade. Não passei no vestibular. E isso já era bem esperado, eu nunca fui a primeira da classe, estava longe disso e resolver estudar um ano pra prestar vestibular pra um curso super concorrido é beem complicado. 
Durante esse tempo em que estive "brigada" com as palavras, essa coisa toda de incerteza e do futuro, e do que afinal eu estava fazendo me torturou o ano inteiro. 2011 f
oi o ano que mais me esbofeteou, me fez sangrar e no fim, me estendeu a mão, olhou nos meus olhos e disse em tom grosso "LEVANTA QUE VOCÊ AGUENTA MAIS!".
E ele estava certo. Apesar de todas as quedas, eu acordei todos os dias com a cede de obter novas conquistas, e de vencer todos os obstáculos que foram me impostos , e isso eu devo a todos os meus amigos que estiveram o tempo inteiro do meu lado, me dando puxão de orelhas e dizendo: Não desista, você consegue! 
Foi o ano que eu menos dancei, o que eu menos saí, menos viajei, mas também o que eu menos chorei e o que eu mais sorri. E é com essa pouca experiência que eu posso dizer que o maior aprendizado com isso tudo foi a ser forte.

Eu também fiz planos, e muitos deles incluíam o blog, no entanto, o tempo foi passando e a facilidade de escrever, de organizar os pensamentos foi diminuindo absurdamente. Tudo foi ficando cada vez mais complicado até mesmo eu pegar um pedaço de papel e escrever um conto de amor que fosse ou quem sabe, escrever uma crise mental dessas qualquer que eu estava acostumada. Mesmo que esse ano tenha representado tantas novas experiências, tenha representado o sentir do amor. 
E agora eu escrevo isto aqui completamente confusa, sem ter nenhuma noção de onde isso vai parar, sabendo que está completamente desorganizado, que eu provavelmente não vou ter coragem de ler pra concertar alguma coisa. Calma, ainda tem a má notícia, apesar de todos os planos, de tudo o que planejei pra esse ano no blog, acho que não vai ser agora que eu vou conseguir colocar tudo em prática. Pois é, mais um ano que vai me matar por dentro, por fora... que eu vou correr atras do meu sonho, e me desejem sorte!
É isso, cansei :P Feliz 2012, muitos sorrisos pra vocês :D


OBS: Usei nessa postagem trechos de um texto da Renata do mulher vitrola, miiil perdões por não ter colocado os créditos antes, acabei esquecendo :// 
31 de ago. de 2011

A devoradora de livros


Ela deve ter estacionado nos anos 70 ou 80. Vestia jeans boca-de-sino uma camiseta surrada vermelha escrito 80's, all star vermelho pra combinar com a blusa. Parecia inteligente. Durante às aulas sempre fazia perguntas interessantes. O caderno era cheio de desenhos, passava os  intervalos isolada no cantinho da sala, cada semana com um livrodiferente. O da vez era "A maldição dos titans".
Tinha a estranha mania de apoiar o lápis atrás da orelha , às vezes esquecia a passava horas procurando-o o que honestamente, me divertia. Sentava-se de forma relaxada, sem se importar com a postura, como quem procura conforto numa cadeira de sala de aula. Pra mim, ela era a estranha novata, e eu, a veterana isolada escrevendo em uma folha de rascunho.

Já faz algum tempo que eu não escrevo. Não tenho tido vontade de escrever. Nada. Pra ninguém. Nem mesmo pra externar meus pensamentos, ou para tentar entender o que eu tenho pensado. 


Meu relacionamento com as palavras está em crise, já sentiu a falta de ter o prazer de fazer uma coisa que você sempre amou ?
Escrever sempre foi parte de mim, escrever crises mentais, pensamentos, criar histórias. Mas agora já não é como antes.


 Tem sido cada vez mais dificil passar pro papel aquelas palavras soltas que eu sempre tive tanta facilidade. E eu nem posso usar a desculpa de que eu não escrevo porque se tornou obrigação. Eu estaria mentido. 
Tô preferindo acreditar que todo  relacionamento tem altos e baixo. E eu estou de mãos vazias, sem nenhum plano, sem nenhuma carta na manga. Sem palavras literalmente.


 Minha mente tem sofrido um certo bloqueio quando o assunto é esse, talvez porque eu tenha me acostumado em apenas reblogar no tumblr, ou porque eu sou uma baita preguiçosa . Mas eu tenho me forçado embora não saia nada que preste , ainda encontro folhas soltas escritas pela metade no meu caderno. 
Saudades da blogsfera :)
27 de dez. de 2010

Memórias póstumas de 2010





Lá se vão 8760 horas,  525600 segundos, 12 meses, 365 dias. Dias de sol, de chuva. Dias de sorrisos, de choro. Dias de trabalho árduo, dias de aprendizado sem dúvida.
Eu achava que era exagero quando eu fui fazer 15 anos e as pessoas diziam que eu aproveitasse porque  depois dos 15 o tempo voa, e acredite, o tempo voa mesmo! Um dia desses eu estava planejando onde eu ia passar o ano novo, e já estamos aqui prestes a trocar o calendário novamente.
Este ano eu passei horas engordando na frete do computador, gastei tempo com conversas idiotas no   MSN com pessoas que talvez nem lembrem meu nome. Chorei por amor, por pensar que não conseguia viver sem esse alguém, mas hoje sou mais forte sem ele. Chorei no avião com saudades de alguém. Passei horas no aeroporto sem fazer nada, me deixei em ultimo lugar na minha lista de prioridades. Me esforcei para alcançar coisas e nem sempre tive o resultado esperado. Perdi horas sentada numa cadeira vivendo uma vida virtual ao invés de aproveitar a vida. Gritei de raiva, chorei em um provador. Tirei notas baixas, me odiei por isso mas reconheci que eram merecidas pela minha falta de esforço, e recuperei. Gastei tempo sentada chorando por coisas que eu não me esforcei, não corri atrás pra mudar e talvez até tenha me acostumado com as coisas que me atordoavam. Escrevi postagens ao invés de estudar ou prestar atenção nas aulas.Fui pisoteada em Paris, tive um dos piores encontros da minha vida, fugi da escola pra ver jogos do JERN's. Mas também viajei mundo a fora, conheci paisagens, lugares, pessoas, culturas, sabores diferentes. Experimentei coisas que viciam, olhei para as estrelas e pensei em alguém especial. Paguei a língua e me apaixonei à primeira vista.  Aprendi a andar de patins, acordei de madrugada esperando mensagens no celular, fiz planos, me empanturrei de chocolate, chorei lendo postagens, comprei vários pares de sapato, e outras coisas que eu talvez nunca vá usar. Me emocionei com comentários, achei um grande amigo através de um comentário no blog, esse que espero que nunca saia da minha vida. Realizei sonhos, toquei minha primeira musica no violão, a primeira de várias. Completei meus tão sonhados 16 anos. "Aprendi" a dirigir, emagreci aqueles tão sonhados 5 kg. Fui pra uma festa e cheguei em casa às 7hs da manhã. Quiz que o tempo parasse pra viver tudo novamente. Fiquei mais intima de Jesus e vivi experiências incríveis! Fui feliz sozinha, escrevi, li, sorri, abracei,  e vivi tudo novamente. E quer saber? Hoje eu posso dizer que tudo isso valeu a pena!
Aqui estou eu, pronta para deixar reinar o novo ano que ainda não foi despertado dentro de mim, pronta pra viver novas experiências, encarar meu ultimo ano de ensino médio e o tão temido vestibular. Cheia de sonhos, de objetivos a serem alcançados, novos capítulos a serem escritos e disposta a multiplicar sorrisos, abraços e muita, muita felicidade. E, claro, espero ter muita inspriação e coragem para levar este blog a frente, já que, coitado, está entregue as aranhas. 
Muito obrigada a cada um de vocês que me ajudaram a construir um sonho, que leram cada postagem, que comentário um simples "oi'' que seja e me deixaram feliz. A cada um que me seguiu e que me deixou feliz com cada visita. Vamos que vamos, feliz 2011!!


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Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre. 
(Carlos Drummond de Andrade)