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7 de jan. de 2012

Desneurando


Essa coisa toda tá me matando. Isso é um fato, e eu sabia que ia ser assim. Mas quando a noite chega e eu fecho os olhos, tudo o que eu quero é poder ter o poder de não pensar. Poder e conseguir não colocar o "E SE" que tanto acaba comigo no início das frases.Seria bem mais fácil. 
Andei percebendo que eu tenho deixado de fazer muita coisa que eu costumava fazer evitando um só problema: Pensar. É que o silêncio me incomoda, a incerteza, a loucura de ouvir a opinião dos mais próximos e ela divergir da minha e aí eu vou me matando aos poucos, por dentro, por fora... 
Vou me atirando em meio a um campo minado onde embora eu tente passar por ele o mais rápido possível, não tem jeito, as bombas sempre explodem, sempre acabam me atingindo. Sempre acabam me enlouquecendo e me enchendo de medo. É aí que eu me vejo como uma criança de 5 anos na janela do carro perguntado: "Ei mamãe, o que é isso?" e a mãe responde as coisas mais absurdas. 
Eu odeio não ter um plano, não saber ao certo o que fazer, que decisão tomar ou que caminho trilhar. Eu fico confusa, eu me assusto, eu quero fugir de tudo e de todos. Talvez porque eu sempre fui bem decidida. Sempre soube exatamente o que queria e o que deveria fazer pra alcançar tudo aquilo, sempre planejei minha vida, mas agora que ela está sendo diferente do meu planejamento, eu já não sei mais como recriar este roteiro.
Costumava dizer que eu me inventei de acordo com o que eu gostaria de ser. Que eu represento o papel que eu mesma escrevi e que eu sou um personagem de mim mesma, a protagonista da história. Mas eu também sou a escritora dela. Eu quem devo decidir muita coisa, o resto, a minha 'amiga' vida ensina. Só que agora, eu não faço a menor ideia do que eu quero pra as próximas páginas, talvez uma decisão mude tudo, ou não.
No meio da história, há sempre os coadjuvantes, os outros personagens diretamente ligado a personagem principal da história. E no momento, esses que estão acionando as bombas por onde eu passo. Eles vem e me enchem do que deveriam ser conselhos mas na verdade acabam sendo uma espécie de semente pra as minhas confusões mentais. 
Ah como às vezes eu queria ser só mais uma telespectadora sentada numa poltrona confortável com um balde de pipoca na mão, é tão mais fácil que subir no palco e fazer as coisas acontecerem...! Eu já não sei o que fazer. Nem que figurino eu devo usar, não sei direito se aquilo que eu planejei a vida inteira ainda é o meu plano pra o presente, ou pra o futuro próximo, se as próximas cenas vão sair como o planejado. Não quero continuar cruzando essa campo minado, mas não sei ao certo se devo escutar aos meus coadjuvantes, conselheiros fiéis e companheiros de uma vida ou seguir me coração... Talvez se eu deixasse as coisas simplesmente acontecerem fosse uma boa escolha... 
Tem algum problema se eu sair correndo louca e gritando por aí? É uma das coisas que eu mais quero agora... ou pelo menos, achar um pensamento que vá de encontro ao meu que na verdade, eu nem sei qual é. 
Eu tô assustada, eu tô confusa. Minha mãe que era minha melhor amiga tem me enlouquecido nos últimos dias... As coisas eram tão mais fáceis! Quando eu menos esperava havia um envelope em cima da minha mesa com tudo o que ela afinal queria me dizer e agora eu tenho que entender as entrelinhas. Ela tá acabando com o meu frágil estado emocional. Talvez isso venha de encontro com a decepção, eu realmente não sou a filha que ela sonhou,a primeira da classe, ou a robozinho que nem ela que passou a adolescência trancada em um quarto estudando noite e dia. Mas eu também sei o que eu quero e até onde eu vou pra alcançar tudo isso, custava me dar um pouco de apoio ou no mínimo falar logo na cara que tudo o que eu faço está errado e que eu me tornei o que ela temia e que ela quer tanto que eu acabe meu namoro porque ela tem medo que ao invés de um reflexo dela, eu seja um reflexo da minha tia? Custava me dizer porque afinal tanta cisma com o meu namoro, porque tantas diretas que eu deveria acabar? Eu também agradeceria do fundo do meu coração se ela parasse de reclamar o quão relaxada eu fui durante o ensino médio, caramba. PODERIA TER SIDO PIOR, JÁ PENSOU NISSO? 
Esse clima pesado tá me angustiando, e as bombas explodem cada vez mais e me ferem, aah como ferem! Mas eu sou uma menininha forte não é mesmo? Eu tenho aprendido uma maquiagem incrível pra disfarçar todas essas feridas. Você nem percebeu né mãe?
Eu só preciso de um pouco de colo, de ouvido, de apoio... das pessoas certas, das palavras certas... preciso de um pouco de silêncio mental... Tá sendo difícil pra mim também! Pensa que é fácil ouvir o tempo todo: "faça isso, faça aquilo" e nem sempre ter a certeza de que tudo isso vai mesmo garantir a minha felicidade? Eu tô com medo! Medo de ficar só! Medo de não fazer as escolhas certas e não ser a pessoa feliz e realizada que eu sempre almejei ser! 
As soluções mais absurdas pra esses problemas todos rondam pela minha cabeça e olha só aonde eu estou: Mais uma vez desfrutando das minhas cólicas mentais sentada em frente ao computador. E quem dera tudo isso fosse só neura. Tá mais pra tempestade, bomba atômica, guerra, sei lá o que é. Só sei que eu preciso de uma solução,  meu teclado não vai resistir a tanta água por muito tempo.

4 de jan. de 2012

Pensamentos aleatórios

Quando esse blog começou láá atras, inicialmente era aquela coisa boba de pré adolescente apaixonada, e depois, se tornou meio que uma necessidade de escrever. Colocar no papel era a forma que eu tinha de organizar meus pensamentos, conseguir enxergar melhor a situação e falar, pra mim mesma, como eu deveria lidar com o que eu estava vivendo. Era natural, automático, e perdi as contas de quantas vezes ao invés das matérias da escola o meu caderno esteve preenchido por meus pensamentos estranhos e aleatórios que no começo até tinham algum tipo de sentido e no final eu já nem sabia mais sobre o que eu estava falando. 
A parte boa de tudo isso, é que, ao longo do tempo eu fui criando uma facilidade enorme pra as redações escolares, pra deixar fluir os pensamentos, e organizá-los melhor. Mas no meio do percurso (digo, desde que comecei o blog) muita coisa mudou. Eu cresci, amadureci, eu mudei meu modo e ver muita coisa,vivi muita coisa e grande parte delas dividi com vocês aqui no blog. Algumas, são simplesmente coisas que eu gostaria de ter vivido, coisas que se passavam pela minha cabeça o quanto seriam felizes se realmente acontecessem, e parece que tudo era um motivo pra um novo conto, uma nova história. 
Aí veio uma parte complicada da vida : o fim do ensino médio, e em consequência disso, e da "falta de tempo" veio o pior de tudo: Parei de escrever. Isso provavelmente foi o que mais me castigou no ano de 2011. Eu me divertia imaginando qual seria a próxima postagem, desabafava, fazia planos pra começar a ter por aqui novos projetos, e sempre na companhia da Ada Lílian que me animava com nossos projetos pra essa blogsfera. 
Vieram as responsabilidades, a correria de ter avaliação toda semana, ter o dia inteiro de aula, e quando eu pensava em descansar, eu lembrava que tinha muita matéria acumulada e não tinha jeito, eu tinha que voltar pra a escrivaninha e enfiar a cara nos livros. Não obtive o resultado esperado, é bem verdade. Não passei no vestibular. E isso já era bem esperado, eu nunca fui a primeira da classe, estava longe disso e resolver estudar um ano pra prestar vestibular pra um curso super concorrido é beem complicado. 
Durante esse tempo em que estive "brigada" com as palavras, essa coisa toda de incerteza e do futuro, e do que afinal eu estava fazendo me torturou o ano inteiro. 2011 f
oi o ano que mais me esbofeteou, me fez sangrar e no fim, me estendeu a mão, olhou nos meus olhos e disse em tom grosso "LEVANTA QUE VOCÊ AGUENTA MAIS!".
E ele estava certo. Apesar de todas as quedas, eu acordei todos os dias com a cede de obter novas conquistas, e de vencer todos os obstáculos que foram me impostos , e isso eu devo a todos os meus amigos que estiveram o tempo inteiro do meu lado, me dando puxão de orelhas e dizendo: Não desista, você consegue! 
Foi o ano que eu menos dancei, o que eu menos saí, menos viajei, mas também o que eu menos chorei e o que eu mais sorri. E é com essa pouca experiência que eu posso dizer que o maior aprendizado com isso tudo foi a ser forte.

Eu também fiz planos, e muitos deles incluíam o blog, no entanto, o tempo foi passando e a facilidade de escrever, de organizar os pensamentos foi diminuindo absurdamente. Tudo foi ficando cada vez mais complicado até mesmo eu pegar um pedaço de papel e escrever um conto de amor que fosse ou quem sabe, escrever uma crise mental dessas qualquer que eu estava acostumada. Mesmo que esse ano tenha representado tantas novas experiências, tenha representado o sentir do amor. 
E agora eu escrevo isto aqui completamente confusa, sem ter nenhuma noção de onde isso vai parar, sabendo que está completamente desorganizado, que eu provavelmente não vou ter coragem de ler pra concertar alguma coisa. Calma, ainda tem a má notícia, apesar de todos os planos, de tudo o que planejei pra esse ano no blog, acho que não vai ser agora que eu vou conseguir colocar tudo em prática. Pois é, mais um ano que vai me matar por dentro, por fora... que eu vou correr atras do meu sonho, e me desejem sorte!
É isso, cansei :P Feliz 2012, muitos sorrisos pra vocês :D


OBS: Usei nessa postagem trechos de um texto da Renata do mulher vitrola, miiil perdões por não ter colocado os créditos antes, acabei esquecendo :// 
31 de ago. de 2011

A devoradora de livros


Ela deve ter estacionado nos anos 70 ou 80. Vestia jeans boca-de-sino uma camiseta surrada vermelha escrito 80's, all star vermelho pra combinar com a blusa. Parecia inteligente. Durante às aulas sempre fazia perguntas interessantes. O caderno era cheio de desenhos, passava os  intervalos isolada no cantinho da sala, cada semana com um livrodiferente. O da vez era "A maldição dos titans".
Tinha a estranha mania de apoiar o lápis atrás da orelha , às vezes esquecia a passava horas procurando-o o que honestamente, me divertia. Sentava-se de forma relaxada, sem se importar com a postura, como quem procura conforto numa cadeira de sala de aula. Pra mim, ela era a estranha novata, e eu, a veterana isolada escrevendo em uma folha de rascunho.

Já faz algum tempo que eu não escrevo. Não tenho tido vontade de escrever. Nada. Pra ninguém. Nem mesmo pra externar meus pensamentos, ou para tentar entender o que eu tenho pensado. 


Meu relacionamento com as palavras está em crise, já sentiu a falta de ter o prazer de fazer uma coisa que você sempre amou ?
Escrever sempre foi parte de mim, escrever crises mentais, pensamentos, criar histórias. Mas agora já não é como antes.


 Tem sido cada vez mais dificil passar pro papel aquelas palavras soltas que eu sempre tive tanta facilidade. E eu nem posso usar a desculpa de que eu não escrevo porque se tornou obrigação. Eu estaria mentido. 
Tô preferindo acreditar que todo  relacionamento tem altos e baixo. E eu estou de mãos vazias, sem nenhum plano, sem nenhuma carta na manga. Sem palavras literalmente.


 Minha mente tem sofrido um certo bloqueio quando o assunto é esse, talvez porque eu tenha me acostumado em apenas reblogar no tumblr, ou porque eu sou uma baita preguiçosa . Mas eu tenho me forçado embora não saia nada que preste , ainda encontro folhas soltas escritas pela metade no meu caderno. 
Saudades da blogsfera :)
27 de mar. de 2011

Querido amigo,

Semanas se passaram e tudo o que restou de você ainda está no mesmo lugar. Aquele ursinho com um laço roxo no pescoço que você me deu no natal, o cheiro do teu perfume empreguinado nas cartas que você me mandou pelo correio. Ainda estão no mesmo lugar de sempre. Inclusive a saudade e o vício que você me fez criar : acordar  em plena madrugada a procura das tuas mensagens no celular.
Eu já parei com isso. Deixo o celular desligado, assim mesmo que receba mensagens, eu não vou ter o pensamento inconsciente de ouví-lo tocar. Eu não espero mais suas ligações nos sábados à noite. Eu não espero mais suas ligações pela manhã só pra me desejar um bom dia.
Desde que você se foi, eu descobri que eu não precisava tanto assim de você.Egoísmo, eu reconheço. Eu não procuro mais seu rosto desesperadamente em cada esquina, ou fico parada pensando em como seria se eu cruzasse com você na rua. Eu não espero de você uma palacra se quer.
A resposta pra o que você por tantas vezes me perguntou, seria a que talvez mais lhe doesse ouvir. Eu não  deixo você fazer parte dos meus planos, porque você não faz parte dos meus. Eu não quero ser seu anestésico, se você causava grande parte das minhas dores, saudade dói, machuca. No entanto, eu queria te ter por perto, já que você, por tantas vezes me ajudou a suportar algumas dores, já que você por tantas vezes ouviu minhas crises mais absurdas. Mas já estava na hora de crescer. De aprender a me virar sozinha, de parar com a mentalidade de precisar de alguém. Me sinto orgulhosa de mim mesma. Estou crescendo aos poucos, estou sorrindo como sorria quando não enxergava problemas em nada eu parei pra observar a minha vida e vi que na verdade, eu não tenho problema nenhum. Que os "problemas" que eu tenho são tão pequenos, tão poucos que a maioria sempre vence, os motivos para sorrir sempre são maiores.
Parei de tentar encontrar algum motivo pra sofrer, pra parar de ser a vítima. E já estou ficando boa nessa arte. Eu cresci, graças a você e suas palavras àsperas. "O mundo jamais vai parar pra você se recompor" foi o que você disse. O que eu já estou acostumada a ouvir por tantas vezes mas que nunca tinha posto em prática. Eu já me levantei sozinha, as feridas já sararam. Eu estou melhor do que eu esperava. (:
15 de dez. de 2009

Em frente ao espelho...

Fico imaginando se todo mundo me vê da mesma forma como eu me vejo de frente ao espelho. Será que eu sou do mesmo jeito como eu me vejo nas fotos, com o mesmo rosto, mesmo sorriso, qualidades ou será que eles me veem de forma diferente?Talvez mais bonita, mais feia do que a imagem que eu costumo ver.
Em frente ao espelho eu vejo uma menina, uma menina mulher, as expressões da sua face são suaves, meigas e trazem tranquilidade.Ao olhar no espelho, vejo meus transtornos, minhas crises, meus inumeros defeitos, esses que ás vezes querem ser maiores que as qualidades.Vejo um olhar de esperança mas ainda, o brilho dos olhos de uma criança que ganha um brinquedo novo.Vejo alguém que tem esperança, que quer, e sabe que pode fazer sua parte pra mudar o mundo. Alguém que quer brincar de amarelinha mas sabe que suas obrigações a impedem. De frente ao espelho, eu vejo uma imagem criada, talvez pela minha mente,mas com certeza por alguém maior.

P.s: Da próxima vez escrevo algo melhor ;)