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8 de mai. de 2011

Lembranças

Depois de tanto tempo, eu criei coragem e voltei lá.
Voltei aquele lugar que me trazia uma montanha russa de emoções. O tal cenário que marcou tantos capítulos da minha históira.
O mato estava alto, cobria as paredes.Não era pra menos, aquele lugar parecia intocado.
Eu realmente ainda não sei o que era pior naquele momento, o medo, o arrependimento, a angústia, a saudade. Eu me sentia ao mesmo tempo que leve, podia me sentir carregando um peso enorme nas costas. Aquela velha sensação de quando se tem histórias mal resolvidas.
Os vidros da janela ao lado da porta de entrada, ainda quebrados, faziam com que os raios de sol chegassem ao velho piano da sala de estar. Eu podia ver.
Ao abrir a porta, pude sentir novamente o cheiro do bolo quentinho da vovó saindo do forno, e, ao mesmo tempo, o cheiro do orvalho da manhã.
A maior parte das coisas ainda estavam exatamente em seu devido lugar, exceto as velhas cortinas azuis, que davam cor as paredes brancas da casa.
Vaguei pelo palco da minha história. Eu me sentia tão sozinha, tão vunerável, tão frágil quanto aquelas janelas de vidro, tão só quanto aquele velho piano. Eu sentia falta das cortinas, do sofá de couro, das flores nas jardineiras, dos sorrisos que haviam sido estampados em fotos de algum tempo perdido. Fui até o fim do corredor. Ao entrar no meu antigo quarto, me surpreendi ao ver que a cadeira de balanço ainda estava no mesmo lugar de sempre, me sentei. Ouvi aquele barulho que antes tanto me irritava, mas agora tanto me confortava. Percebi que a caixinha verde continuava em cima da cômoda, abri sem pensar. Aquelas fotos já não estavam mais lá, tão pouco aquele pingente que você me deu em um dos meus aniversários.
Abri as janelas, deixei que a brisa do campo entrasse naquele lugar. Respirei fundo aquele ar puro, e senti vida entrando pelos meus pulmões. Percebi que depois de tanto tempo, as memórias que eu pensei ter esquecido, ainda estavam frescas em minha mente.
Foi quando ouvi a porta dos fundos se abrir vagarosamente. Passos lentos cruzavam o corredor, confesso que fiquei bastante assustada, pensei que estava sozinha.
Pensei em pular a janela e sair correndo, mas meus passos são curtos, além do mais, o tamanho do gramado ia dificultar as coisas. Resolvi então permanescer onde estava. Na verdade, me escondi entre a cômoda e a parede e me esforcei para não fazer barulho algum.
Os passos se aproximavam cada vez mais daquele quarto. Era um homem. Passou direto a caminho a janela, senti um forte arrepio na espinha. Aquele perfume me era familiar, aquele andar... Lembrei dele. Do cheiro dele, do andar.. Foi quando o homem se virou. Aqueles olhos não podiam me ser tão familiares. Ele se abaixou, olhou em meus olhos, e as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.
Ele disse:
- Você? Joana?
Percebi que era ele mesmo. Lucas, aquele com o qual eu sonhei todas as noites, com quem eu fiz planos. Eu realmente não sabia o que dizer, fazer, meu coração estava em rítmo acelerado. Tudo o que saiu dos meus lábios foram 6 palavras:
-Eu prometi, eu disse que voltaria.
 E ele respondeu:
- Você não sabe o quanto eu esperei por isso.
23 de jun. de 2010

O belo e a fera

No vilarejo de Tão Tão Distante, havia uma moça.Ela era considerada a moça mais feia do vilarejo. Seu nome era Fiona, seu apelido, fera. A menina usava roupas pretas, franja cobrindo os olhos e nunca se desgrudava de seu Ipod, nem de seu volvo prateado.Tinha duas irmãs mais velhas, moças muito bonitas que se destacavam diante de sua feiúra.
Um belo dia, chegou a residência das meninas um convite para um baile de máscaras.Ia ser uma grande festança e o prefeito fazia questão da presença de todas as moças da cidade.As irmãs de Fiona receberam a notícia com euforia, ao contrário dela, que detestava vestidos e salto alto.
Pensando na dificuldade em encontrar um vestido, Fiona resolveu ir pedir ajuda à sua avó que morava na floresta.No caminho, encontrou-se com um lobo, que fez com que ela parasse o carro.
- Bom dia moça, aonde vai? - perguntou o lobo.
-Vou à casa da minha avó, no meio da floresta. - respondeu.
-Não quer me dar uma carona?Preciso ser rápido, ainda tenho que destruir a casa dos três porquinhos.
-Claro, pode entrar seu lobo- disse Fiona.
Os dois curtiram o som da metaleira no carro até que Fiona finalmente chegou à casa da vovó, que fez um vestido de princesa pra ela.
Quando chegou o dia do baile, as irmãs estavam se aprontando enquanto Fiona já estava pronta, com sua máscara, vestido preto, e, como sempre, fones de ouvido.
Era uma noite linda, máscaras por todos os lados, cada uma mais linda que a outra, mas algo inesperado aconteceu naquela noite.Fiona foi convidada para dançar com o rapaz mais belo da cidade.
Após dançar a noite inteira sem os fone, ela acabou esquecendo seu ipod no local da festa.O que ela não sabia era que o rapaz havia se apaixonado por ela, e estava procurando-a desesperadamente para devolver seu Ipod. Até que ele a encontrou, , reconhecendo-a apenas pela voz.Ele devolveu o ipod, declarou seu amor e, enfim, o belo e a fera viveram felizes para sempre.
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Esse foi o meu texto, só esclarecendo, a proposta era fazer uma paródia de um conto de fadas, no estilo daquele filme :"Deu a louca na chapeuzinho".
Beijos! 
15 de jun. de 2010

Cinderela de Neve e os sete anões

Num belo dia, uma moça chamada Cinderela de Neve resolveu sair do seu mundo cinza e sem vica, pois não suportava mais os maus tratos de suas irmãs e de sua madrasta, que morria de inveja da beleza da menina.Sua madrasta  possuia um espelho que percorria gerações.Por meio dele, identificava-se a beleza das pessoas mas como a madrasta era feia, quebrou o espelho com raiva. Cinderela de neve saiu à procura de um lugar melhor pra viver, no entanto, se meteu em uma roubada, foi parar no morro, na favela, onde na mesma hora acontecia uma troca de balas. Desesperada, entrou e um barraco onde viu sete camas, sete pratos cheios de comida, sete cadeiras e sete armas. Faminta, decidiu comer a gororoba que viu em cima da mesa e exausta pôs-se a dormir. Mais tarde, os  sete ladrões chegaram wm casa e encontraram aquela frágil moça deitada na cama de um deles, o chefe do bando acordou a moça e perguntou:
- Quem é você meu irmão?
Ela respondeu:
-Eu não sou seu irmão, nem homem eu sou! Mas me chamo Cinderela de Neve.
Os ladrões , empolgador, a chamaram  para ir ao baile fnk. Feliz, resolveu se produzir, mas logo ficou triste pois não achou uma roupa aequada para ir ao baile, e começou a chorar. Uma fada apsreceu e disse:
-Não chore! Vou lhe ajudar!
A fada produziu Cinderela o mais bela possível e com um sapato de cristal, feliz, Cinderela foi subindo o morro em busca da festa. Sua madrasta apareceu lá e lhe ofereceu um drink envenenado. Cinderela caiu na hora e a madrasta sumiu. Os ladrões a levaram para casa e sem querer seu sapato caiu. Um moço alto, bonito e forte achou o sapato e foi em busca da dona do mesmo, os ladrões inicaram a casa e lá o moço a encontrou.Ele  a devolveu o sapato e lhe tascou um beijo. Cinderela acordou assustada e lhe pediu em casamento. Felizes, se casaram e ficaram juntos até que a morte os separou, pois um ano depois morreram num tiroteio. E quanto a madrasta e suas irmãs? Ah, elas morreram encalhadas, na rua da amargura, pobres e feias.Os ladrões continuaram tocando terror na favela e levaram a culpa pelo assassinato de Cinderela e seu marido. Não foram presos, mas a polícia os procura.

Onécima Biatriz de Medeiros Ramalho, Bia.

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Essas minhas amigas viajam! E os meus castigos nunca funcionam. Notaram o ciclo vicioso de tanto repetir "Cinderela" ? Acho que Bia ainda perde o sapatinho por aí.
beijão happy people :)
9 de jun. de 2010

A princesa e o anel

Décima segunda badalada. O relógio anunciava a todo o castelo que já era meia-noite.Cinderela corria pelos jardins em direção à carruagem que a trouxera. Tinha um dos pés descalços: perdera seu sapatinho de cristal enquanto descia as escadas. Mais do que de pressa, ela entrou na carruagem e, mesmo sem cocheiro, os cavalos começaram a galopar velozmente para fora do castelo.A estrada agora parecia terrivelmente sombria: a escuridão tomava conta de tudo e os galhos das árvores que margeavam-na tinham um aspecto assombroso. Ao virar numa curva, a carruagem voltou à sua forma original de abóbora e Cinderela caiu na estrada.
Enquanto levantava-se , viu algo brilhar entre as pedras, pegou o objeto e examinou-o bem.Era um anel com uma corrente passando por dentro dele.Achando que não havia problema, colocou-o no pescoço.Montou o único cavalo que não fugira e começou a  galopar de volta para casa.Contudo, começou a ouvir galopes atrás de si.Fez o cavalo galopar ainda mais rápido, mas ouviu os galopes também se tornarem mais velozes.Ela penetrou a floresta, saltou do animal e correu a pé. Os galhos cortaram-lhe algumas partes do vestido e feriram-lhe a face.Ela continuava a correr, mesmo assim, sentia que continuava a ser perseguida.
De repente, um ser estranho pulou sobre ela e começou a arranhar-lhe o pescoço.E repetia com uma voz tenebrosa :
-O precioso!O precioso! "Nós" vai pegar o precioso!
Mesmo sem entender o que estava acontecendo, ela alcançou uma enorme pedra e bateu-a na cabeça daquela criatura. Ao levantar-se, pôs-se a correr sem notar que havia deixado a corrente com o anel caírem no chão. Correu o mais rápido que pôde, chegou a tropeçar mais uma vez, mas ergueu-se e consegui escapar daquele ladrão terrível.
Enquanto isso, no meio da floresta, uma criatura pequena e magricela andava com um anel pendurado ao pescoço por uma corrente.Parou em um certo ponto, no qual uma bela moça havia tropeçado e enquanto fugia há não muito tempo. Viu um sapatinho de cristal abandonado no local. Seus olhos arregalaram-se, as pupilas dilataram:
- Outro precioso....Meu precioso...

Bárbara da Silva Rocha.
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O texto foi uma proposta de redação da avaliação de Língua portuguesa, e como deu pra ver não é meu, ainda vou postar os de algumas amigas  mas depois posto o meu. Beijos! Espero que tenham gostado do texto. Vou passar uns dias sem postar porque vou ficar de castigo na sexta, quando receber o boletim -,-