7 de out. de 2010

Entre pais e filhos



Não há nesse mundo quem nunca tenha levado uma palmadinha dos pais.Vaso quebrado,tinta na parede, lama na sala de visitas... As razões são as mais diversas, no entanto o importante mesmo é que ninguém passou totalmente ileso pela infância. Atire o primeiro chinelo aquele que discorda.
Os pais, que também são filhos e que certamente também apanharam, concordam que uma palmada é necessária vez por outra. Esgotados as alternativas de diálogo e sendo demasiada a falta de compreensão da criança, a única saída é o castigo físico. Mas isso não significa que um pai ame menos seu filho ou que seja mmenos capaz de educá-lo, apenas mostra sua vontade de formar um cidadão íntegro e consciente de que "os direitos acabam quando começam as obrigações".
Uma lei como a anti-palmada fere a liberdade que os pais devem possuir para educar os filhos conforme valores que julguem corretos. Não cabe ao Estado formar o caráter dos indivíduos. Isso é dever das famílias. Contudo, os pais, na qualidade de educadores, precisam compreender a diferença entre uma palmada e uma sessão de maus tratos ou até de tortura. É perfeitamente aceitável uma cirança receber leve castigo físico, como um tapinha após quebrar a vidraça por estar jogando bola dentro de casa, tendo sido previamente alertado de que isso é errado. É crime cruel espancar uma criança por uma nota baixa ou por qualquer outro motivo. Chinelo é completamente diferente de chicote.
Para serem realmente bons pais, as pessoas precisam aprender que a criança não é uma propriedade, mas alguém cujos desejos devem ser, se não aceitos, respeitados. Criar um filho exige capacidade de enxergar que ser tolerante não é ser fraco, é ser compassivo. Dialogar é sempre a melhor solução para qualquer problema, mas entre pais e filhos, de  vez enquando, a palmadinha faz parte da conversa.

Amanda de Medeiros Jales

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O tema foi cobrado em um dos simulados do isolado, meu texto, lógicamente não ficou tão bem escrito quanto o da Amanda, mas vou postá-lo assim que possível.
Ultimamente não tenho tido tanta facilidade pra escrever quanto antes, por isso as postagens tem sido cada vez menos frequêntes.
Espero que tenham gostado!
Anninha.

13 comentários:

Railma R. Medeiros! disse...

concordo plenamente ;*
menina, argumeta muito bem essa garota *-*, a redação dela no vestibular vai ser ótima *:

Ana Luísa disse...

Ei Anna
Eu levei algumas chineladas nessa vida e não acho mesmo que meus pais me amem menos que os que talvez nunca tenham feito isso. Por outro lado, não eram as palmadas que me marcavam não, e sim as conversas sérias. Eu não morri por ter apanhado, e não julgo que dá umas chineladas ou outra nos filhos, mas eu não consigo me imaginar fazendo isso em uma criança muito menor do que eu. Na minha visão, seria atestar que perdi o controle. Claro que quando eu tiver filhos a história pode mudar, mas minha opinião antes de tê-los é essa. Eu acho que pé de galinha realmente não mata pintinho, mas na minha visão não acho que seja o certo. Mesmo porque, deve se educar pelo respeito, e não pelo medo, porque o medo uma hora a criança perde.
E aí o que sobra?
Enfim, é o que eu penso, hehe.
Beijos

ΞĐU disse...

Olá, Anna Beatriz...
Navegando pela internet, me deparei com seu Blog.
Muito bom mesmo... Parabéns!
Queria só de cumprimentar mesmo pelo trabalho, suas idéias e seu bom gosto...
Estou te seguindo.
Saudações,
EDU (http://edurjedu.blogspot.com)

Guto Stresser disse...

Gostei da interface e do clima do blog. Estou a seguir (:

- www.aprazivelirreprochidez.blogspot.com

Unknown disse...

Eu escrevi uma redação sobre isso também, mas depois de ler essa, acho melhor não postar no blog ><
Muito boa. E eu quero ler a tua, Anna.
:*

João Lenjob disse...

Adorei!!! E esta frequencia é temporal. Breve você volta a escrever muito.
Bom, atualizei meu blog http://lenjob.blogspot.com com cinco poemas novos novamente e peço que visite http://castelodopoeta.blogspot.com porque é um Projeto Cultural bom pra todo mundo e quero a opinião de todo mundo. Abaixo poema. Se possível divulgue por gentileza.

João Lenjob.

Meu Amor
João Lenjob

Violei meu peito
Com violência
Estanquei meu jeito
Com inconsciência
Fui cortada ao meio
Com facadas nas costas
Fui inconsistente no sentir
Não amei meu coração
Sofrendo por dedicação
Sem orientação
E nada aceito
A vontade é de morrer
Quero amar o meu amor
Ser amada, meu amor
Sem desculpas, perdão, meu amor
Como é, meu amor,
Volte.

Ana Seerig disse...

Tudo que tenho a dizer é: assino embaixo.

Daniela Filipini disse...

Que texto ótimo. Concordo muito. Mas acho que em certos momentos a impulsividade acaba causando a dor na criança, pois muitos (ênfase no muitos) pais agem sem pensar nas consequências, muitas vezes uma criança pode crescer com problemas psicológicos devido a tudo o que sofreu na infância, quando, muitas vezes, não tinha culpa de nada. Vivo uma situação muito semelhante à essa, que detalhei, em minha casa. Não comigo, felizmente, mas com uma pessoa que sofreu durante a vida inteira e que não tem esperança para tentar melhorar. Triste, não? :/
Adorei o post.

Mayana Carvalho disse...

a palmadinha é inevitável.. e como filha admito que diversas vezes eu não estive pra cnversa mesmo!

Marie Raya disse...

Anninha, adorei o post!
Concordo plenamente com o texto da Amanda! 'Não cabe ao estado formar o caráter dos individuos'.
Também tenho tido problemas com as palavras :/
Adoro seus posts :*

Angélica Vidal disse...

O texto ficou muito bom mesmo! Deve ter ficado com um 10 ;D

Eu também tenho feito alguns simulados e esse stress todo com o vestibular acaba com a qualidade que meus textos já tiveram...
Gosto do jeito que você escreve!

beijo

H. disse...

Eu tive que fazer um trabalho sobre esse assunto também este ano.
Os pais acham que isso é certo porque seus pais faziam isso, e seus filhos que tambem apanharam vão achar que é certo e isso vai passando de geraçao em geraçao.
Acho que isso é um total absurdo, e que esta completamente correto ter uma lei que proibe tal atitude.
Muito bom o texto.

bjos;**

Anônimo disse...

Eu sou totalmente contra qualquer tipo de castigo físivo. è assim que começa as agressões, e sim isso faz uma cadeia de pessoas violentas. Se caso uma criança quebra o vaso jogando bola dentro de casa, tome a bola da criança e bote-o de castigo, e for já crescido, faça-o comprar outro vaso simples.
Não a violencia, porque se dentro de casa fosse apenas palmadinhas, o mundo não estaria cheio de tantos absurdos envolvendo pai/filhos e chicotes.
pimenta no cú dos outros é refresco e ficar discutindo uma coisa que nunca presenciou, que não tem idéia do que é. È irritante, sinceramente.

1bj

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